Malala: uma homenagem à mulher
Hoje é dia 08/03 ou seja, dia Internacional da mulher.
Para inspirar e homenagear essa data tão cheia de significados, decidimos falar do documentário Malala (He Named me Malala), do diretor Davis Guggeinheim.
O título em inglês, numa tradução direta seria “ele me nomeou Malala” se refere ao pai que escolheu o nome de sua filha em homenagem à guerreira que liberta um povo oprimido, oriunda de uma lenda do Oriente Médio.
Já encaminhada desde antes de nascer a ser uma grande líder, alguém com diferencial no contexto em que vivia, Malala Yousafzai cresceu no Vale do Swat, no Afeganistão. Filha de um professor e diplomata, Ziauddin Yousafzai, teve uma criação diferente, com afirmação de seus direitos independentemente de gênero, além de incentivo ao pensamento crítico e à sua educação escolar.
O documentário conta como Malala foi importante para a circulação de informações do que ocorria dentro do Vale para o mundo. Teve como oportunidade a possibilidade de escrever para um blog da BBC no ano de 2009 sobre seu dia-a-dia. Nele contava o que acontecia nas rotineiras atrocidades efetuadas por grupos extremistas e radicais do Afeganistão e sobre como era ameaçada por defender abertamente o direito das meninas de estudar.
Foi no ano de 2012, com apenas 15 anos que Malala foi baleada na cabeça pelo Talibã numa invasão do grupo a um ônibus escolar. Foi uma violência planejada e direcionada a ela, porém atingiu suas colegas Shazia Raman e Kainat Riaz. Por seu ferimento ter sido o mais grave, foi levada a um hospital em Londres no qual fez um tratamento intenso. Após sua recuperação afirmou publicamente que a bala apenas serviu para que nascesse força, poder e coragem. Em 2014, enquanto as gravações do documentário estavam acontecendo, foi a mais nova vencedora do Prêmio Nobel da Paz.
O filme retrata sua história, essa parte da trajetória de sua vida, muito determinante e sua relação de afeto e orgulho paternal. Além disso tudo, traz a visão também de como essa líder política também é uma menina de 18 anos, ainda crescendo e com todas as implicações de sua idade. Na composição do documentário há gravações contemporâneas, imagens de arquivo que relatam o Paquistão e seus atentados e uma entrecortada animação que ilustra de forma bela e lúdica os passos de Malala relatados.
É de realmente emocionar, entender e ver de perto essa tão corajosa, nova e simples menina, que andou muitos passos em direção aos direitos das mulheres na história. Afirmou que “Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”. Parabéns a todas as mulheres.
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